B"H
Olá galera!
Mais uma resenha de filme para agüentar o jejum dos posts do JJ. O filme de hoje é "Equilibrium", um filme de 2002 que causou furor no mundo todo antes e depois do seu lançamento. Foi uma dica do meu amigo Davi, fã incondicional das artes marciais. Vamos à resenha primeiro.
Depois de uma terceira guerra mundial um conselho chegou a brilhante conclusão que a raça humana não sobreviveria a uma quarta guerra. Diante desta inexorável descoberta decidem criar uma sociedade pacífica à força. Nasce então Libra, uma cidade estéril onde os habitantes são controlados pelo conselho, que por sua vez é dirigido pelo Pai. Uma equipe de elite composta por habilidosos lutadores de uma nova arte marcial, chamada Gun-Kata, se assegura de que todos os cidadãos obedeçam as regras. Os membros desta elite são chamados de "sacerdotes" e são o braço direito do regime ditatorial. As regras desta nova sociedade são bastante simples: uma vez que a origem das guerras e dos assassinatos é a raiva e o ódio, e esses são sentimentos, a medida mais eficaz para manter a paz é suprimindo todo e qualquer sentimento humano. Para alcançar este objetivo cada cidadão é obrigado a injetar no próprio corpo duas vezes ao dia uma droga que anestesia as emoções. Tudo o que pode levar o homem a experimentar algum sentimento é proibido assim como a manifestação de emoções. Dessa forma coisas como obras de arte, perfumes, jóias e até mesmo coisas coloridas e animais de estimação são proibidas. Qualquer artefato ilegal deve ser destruído assim como qualquer um que estiver portando-o sem autorização.
Neste mundo de tons de cinza surge uma resistência chamada "Underground" que se recusa a usar a tal droga e tenta desesperadamente salvaguardar o que resta de belo no mundo. O governo caça essa resistência e a executa sumariamente, seja no momento da prisão ou depois do julgamento. Aqueles dentre os rebeldes que são levados a julgamento são executados nas fornalhas da cidade. Isso mesmo, são queimados vivos. O.O
Mas, como toda resistência necessita de um herói, o filme nos mostra um sacerdote (Christian Bale) com habilidades prodigiosas de combate e uma convicção inabalável no sistema. Esse sacerdote, por descuido, perde uma de suas doses da droga e não tem oportunidade de receber outra, e por isso passa a sentir. Daí por diante deixa de tomá-la por livre e espontânea vontade. Ao contatar a liderança da resistência ele toma para si o papel principal na luta contra o sistema.
Agora vamos às criticas!
O filme foi apresentado ao público como o sucessor que superaria Matrix. (ah tá! ¬¬') Foi aclamado com um furor quase religioso antes de seu lançamento nos cinemas, mas, (que grande ironia) apesar de ter um elenco surpreendente (Dominic Purcell, Christian Bale, Sean Bean, Christian Kahrmann, John Keogh, Sean Pertwee, William Fichtner, Angus MacFadyen) e da propaganda o filme foi um fracasso total de bilheteria. Ai é óbvio que os críticos aproveitaram o ensejo e começaram a dizer que o filme era uma bosta. Minha opinião é bastante moderada. O filme é muito perturbador e muito mais filosófico do que de ação, apesar das cenas envolvendo o Gun-Kata serem muito interessantes (acho que é a única ponta de brilhantismo do filme) mas nada inovadoras (parece um contra-senso mas não é. É inovador, mas não mais do que tantas outras).
Um dos pontos que na minha opinião realmente ficam a desejar é a base teórica do que sejam as emoções. Imagino que a maioria das pessoas não saiba que não há um consenso entre os teóricos da área sobre o que são (e quais sejam) as emoções. O que imagino é que eles poderia ter escolhido uma teoria (como a psicanalítica onde emoções são diferentes de sentimentos) e desenvolvido a trama a partir daí. Não me parece que foi o que fizeram. O filme generaliza as emoções mas mostra cidadãos que deveriam estar sob o efeito da droga sentindo alegria e raiva. Na minha opinião o filme deveria apresentar pessoas que agissem como os robôs comuns de "AI" de Steven Spilberg. Acho que todos deveriam assistir "Equilibrium", mais inclusive pela discussão inevitável (se você não for uma ameba que aceita tudo o que se coloca na sua frente) sobre o que é e para que serve a emoção e os sentimentos humanos do que propriamente por ser um maravilhoso filme de ação ou ficção, até porque não é nenhum dos dois.
Olá galera!
Mais uma resenha de filme para agüentar o jejum dos posts do JJ. O filme de hoje é "Equilibrium", um filme de 2002 que causou furor no mundo todo antes e depois do seu lançamento. Foi uma dica do meu amigo Davi, fã incondicional das artes marciais. Vamos à resenha primeiro.
Depois de uma terceira guerra mundial um conselho chegou a brilhante conclusão que a raça humana não sobreviveria a uma quarta guerra. Diante desta inexorável descoberta decidem criar uma sociedade pacífica à força. Nasce então Libra, uma cidade estéril onde os habitantes são controlados pelo conselho, que por sua vez é dirigido pelo Pai. Uma equipe de elite composta por habilidosos lutadores de uma nova arte marcial, chamada Gun-Kata, se assegura de que todos os cidadãos obedeçam as regras. Os membros desta elite são chamados de "sacerdotes" e são o braço direito do regime ditatorial. As regras desta nova sociedade são bastante simples: uma vez que a origem das guerras e dos assassinatos é a raiva e o ódio, e esses são sentimentos, a medida mais eficaz para manter a paz é suprimindo todo e qualquer sentimento humano. Para alcançar este objetivo cada cidadão é obrigado a injetar no próprio corpo duas vezes ao dia uma droga que anestesia as emoções. Tudo o que pode levar o homem a experimentar algum sentimento é proibido assim como a manifestação de emoções. Dessa forma coisas como obras de arte, perfumes, jóias e até mesmo coisas coloridas e animais de estimação são proibidas. Qualquer artefato ilegal deve ser destruído assim como qualquer um que estiver portando-o sem autorização.
Neste mundo de tons de cinza surge uma resistência chamada "Underground" que se recusa a usar a tal droga e tenta desesperadamente salvaguardar o que resta de belo no mundo. O governo caça essa resistência e a executa sumariamente, seja no momento da prisão ou depois do julgamento. Aqueles dentre os rebeldes que são levados a julgamento são executados nas fornalhas da cidade. Isso mesmo, são queimados vivos. O.O
Mas, como toda resistência necessita de um herói, o filme nos mostra um sacerdote (Christian Bale) com habilidades prodigiosas de combate e uma convicção inabalável no sistema. Esse sacerdote, por descuido, perde uma de suas doses da droga e não tem oportunidade de receber outra, e por isso passa a sentir. Daí por diante deixa de tomá-la por livre e espontânea vontade. Ao contatar a liderança da resistência ele toma para si o papel principal na luta contra o sistema.
Agora vamos às criticas!
O filme foi apresentado ao público como o sucessor que superaria Matrix. (ah tá! ¬¬') Foi aclamado com um furor quase religioso antes de seu lançamento nos cinemas, mas, (que grande ironia) apesar de ter um elenco surpreendente (Dominic Purcell, Christian Bale, Sean Bean, Christian Kahrmann, John Keogh, Sean Pertwee, William Fichtner, Angus MacFadyen) e da propaganda o filme foi um fracasso total de bilheteria. Ai é óbvio que os críticos aproveitaram o ensejo e começaram a dizer que o filme era uma bosta. Minha opinião é bastante moderada. O filme é muito perturbador e muito mais filosófico do que de ação, apesar das cenas envolvendo o Gun-Kata serem muito interessantes (acho que é a única ponta de brilhantismo do filme) mas nada inovadoras (parece um contra-senso mas não é. É inovador, mas não mais do que tantas outras).
Um dos pontos que na minha opinião realmente ficam a desejar é a base teórica do que sejam as emoções. Imagino que a maioria das pessoas não saiba que não há um consenso entre os teóricos da área sobre o que são (e quais sejam) as emoções. O que imagino é que eles poderia ter escolhido uma teoria (como a psicanalítica onde emoções são diferentes de sentimentos) e desenvolvido a trama a partir daí. Não me parece que foi o que fizeram. O filme generaliza as emoções mas mostra cidadãos que deveriam estar sob o efeito da droga sentindo alegria e raiva. Na minha opinião o filme deveria apresentar pessoas que agissem como os robôs comuns de "AI" de Steven Spilberg. Acho que todos deveriam assistir "Equilibrium", mais inclusive pela discussão inevitável (se você não for uma ameba que aceita tudo o que se coloca na sua frente) sobre o que é e para que serve a emoção e os sentimentos humanos do que propriamente por ser um maravilhoso filme de ação ou ficção, até porque não é nenhum dos dois.
Matrix é Matrix, avisem ao pessoal aí. Hahahaha. "Mamãe, eu quero ser o Neo" não cola.
ResponderExcluirAgora eu fiquei com vontade de ver. :p