Olá pessoal!
O livro que vamos discuritr (não é bem discutir, mas na falta de uma palavra melhor...) é um dos maiores clássicos da literatura infanto-juvenil. Eu o comprei há algum tempo pela internet, numa promoção (a qual agradeço muitíssimo) onde havia vários livros de literatura infanto-juvenil num preço bem acessível. CLARO que aproveitei e comprei vários porque, com o preço que estavam fazendo, seria muito arriscado deixar para depois, então fui em frente. Não me arrependi. Mas, como isso aqui não é um diário sobre as minhas lunáticas compras de livros pela internet (inclusive muitos livros ainda nem foram mechidos por causa da grande demanda, :D), vamos ao livro em questão, que é: As Crônicas de Nárnia de C.S. Lewis.
Antes de começar a narrativa, gostaria de explicar que abordarei a saga como um todo, isto é, todos os sete livros sem me ater a um especificamente. Porém, se houver algum interesse numa resenha mais minuciosa, é só deixar um comentário pedindo ou usar o fale conosco que, com prazer, falaremos de forma separada. Muito bem, vamos ao que interessa!
Obra de maior destaque do escritor irlandês Clive Staples Lewis (C. S. Lewis), As Crônicas de Nárnia vem arrebatando gerações de leitores de todas as idades, passando inclusive do gênero de literatura fantástica para o cânone da literatura clássica (o que sabemos não ser fácil!). A saga é composta por sete livros que, de acordo com a ordem de publicação, são: O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa (1950), O Príncipe Caspian (1951), A Viagem do Peregrino da Alvorada (1952), A Cadeira de Prata (1953), O Cavalo e o seu Menino (1954), O Sobrinho do Mago (1955) e A Última Batalha (1956). Entre os fãs mais aficionados pela série há uma discussão muito forte sobre qual seria a maneira correta de lê-la: há os que defendem a leitura pela ordem de publicação e os que defendem a ordem cronológica. Como comprei o volume único, escolhi lê-lo pela ordem cronológica mesmo. Mas isso deve ficar a encargo do gosto pessoal de cada um. Em razão de ter escolhido falar da história de uma forma geral, não haverá possibilidade de fazer uma sinopse muito apurada do enredo, mas acho que é correto afirmar que ela é basicamente a história de um mundo paralelo chamado Nárnia, no qual animais falam e lendas mitológicas ganham vida sem o menor pudor. Todo esse universo é regido por Aslam, a entidade protetora dessa terra que toma geralmente a forma de um leão, filho do imperador de Além-Mar (a quem é atribuído o poder que rege Nárnia através de Aslam). As Crônicas de Nárnia nos mostra praticamente toda a história de Nárnia, desde a sua origem até o seu término. Mas é um equívoco pensar em Nárnia apenas como um mundo diferente, pois Nárnia é também o nome de um reino dentro desse universo e que como todo reino faz fronteira a outros reinos. Um lugar amado e odiado quase que na mesma proporção. Um reino onde todas essas criaturas míticas se congregam governadas por homens, ou, como são comumente chamados, os filhos de Adão e filhas de Eva. Chamadas em momentos decisivos para o destino de Nárnia, crianças são, de maneira geral, protagonistas das histórias. Em apenas um livro as crianças que governam Nárnia não são da Terra.
Pois é, agora que situei parcialmente o leitor na trama, chegamos num ponto delicado. Muito bem, antes de mais nada, quero dizer que gostei muito do livro. Achei uma leitura envolvente, que possui sem dúvida o doce sabor da infância combinado à fragrância nostálgica da maturidade do autor, o qual espia de forma travessa, a todo o momento, o lúdico universo criado por ele. E a razão pela qual faço essa afirmação é que uma das coisas mais interessantes e surpreendentes nesses livros, por assim dizer, se dá no fato de que o narrador não é apenas onisciente, cuja única função é nos deixar a par de todos os fatos narrados na história, para que assim possamos ter uma visão verdadeiramente imparcial, lonje disso. O narrador não nos informa apenas os fatos ocorridos na trama, ele participa ativamente de todo o conceito da obra, interagindo diretamente com o leitor. É uma história com enredo muito bem costurado, no qual fica mais do que evidente o tamanho e brilhantismo desse autor tão merecidamente aclamado. Todavia, no momento, peço se possível, a complacência de todos os leitores e fãs da saga em questão, para o que vou dizer agora: É INEGÁVEL que ele faz uso de uma temática cristã. Sei que essa não é uma visão aceita pela maioria dos leitores, porém é absurdamente impossível não haver relação entre a história dessa obra com os preceitos cristãos. Acreditem eu fiz realmente o possível para não ser levada por nenhum conceito pré-concebido, mas o próprio autor cria situações das quais não há como não enxergar a analogia à qual ele recorre a cada instante. Embora faça parte da minha personalidade tentar não estigmatizar nada, até porque me apavora a idéia de restringir algo a uma linha de raciocínio apenas, não há outra maneira de avaliar honestamente esses livros que não envolva essa perspectiva. As Crônicas de Nárnia em si, é uma grande história iniciática com a qual se explica de forma sucinta todo o processo da crença cristã. É quase o que poderíamos chamar de uma profissão de fé (que fica ainda mais evidente se levarmos em consideração a incrível “coincidência” do autor ser um teólogo de renome especializado em literatura medieval e apologética cristã).
Mas isto aqui não é um ensaio e nem faz parte da minha ambição transformá-lo em um para recheá-lo de questões. O que eu quero dizer de fato é: Leia esse livro se tiver oportunidade, ele é realmente muito bom. É uma leitura que vale a pena e que só o enriquecerá, porém prepare-se para a escatologia cristã. Deixo algumas frases abaixo que farão, acredito, com que compreendam melhor o exposto por mim.
“– Falar-lhe da Magia Profunda?! Eu?! – disse a feiticeira, numa voz ainda mais aguda. – Falar-lhe do que está escrito nessa mesa de pedra aí ao lado? Falar-lhe do que está escrito em letras do tamanho de uma espada, cravadas nas pedras de fogo da Montanha Secreta? Falar-lhe do que está gravado no cetro do Imperador de Além-Mar? Se alguém conhece tão bem quanto eu o poder o poder mágico a que o Imperador sujeitou Nárnia desde o princípio dos tempos, esse alguém é você. Sabe que todo traidor, pela lei, é presa minha, e que tenho direito de matá-lo!” (Feiticeira Branca)
“– Explico: a feiticeira pode conhecer a Magia Profunda, mas não sabe que há outra magia ainda mais profunda. O que ela sabe vai além da aurora do tempo. Mas, se tivesse sido capaz de ver um pouco mais longe, de penetrar na escuridão e no silêncio que reinam antes da aurora do tempo, teria aprendido outro sortilégio. Saberia que, se uma vítima voluntária, inocente de traição, fosse executada no lugar de um traidor, a mesa estalaria e a própria morte começaria a andar para trás...” (Aslam)
“–Nosso mundo é Nárnia – soluçou Lúcia –, como poderemos viver sem vê-lo? –Você há de encontrar-me, querida – disse Aslam.
–Está também em nosso mundo? – perguntou Edmundo.
–Estou. Mas tenho outro nome. Têm de aprender a conhecer-me por esse nome. Foi por isso que os levei a Nárnia, para que, conhecendo-me um pouco, venham a conhecer-me melhor.” (diálogo entre Aslam, Lúcia e Edmundo)
O livro que vamos discuritr (não é bem discutir, mas na falta de uma palavra melhor...) é um dos maiores clássicos da literatura infanto-juvenil. Eu o comprei há algum tempo pela internet, numa promoção (a qual agradeço muitíssimo) onde havia vários livros de literatura infanto-juvenil num preço bem acessível. CLARO que aproveitei e comprei vários porque, com o preço que estavam fazendo, seria muito arriscado deixar para depois, então fui em frente. Não me arrependi. Mas, como isso aqui não é um diário sobre as minhas lunáticas compras de livros pela internet (inclusive muitos livros ainda nem foram mechidos por causa da grande demanda, :D), vamos ao livro em questão, que é: As Crônicas de Nárnia de C.S. Lewis.
Antes de começar a narrativa, gostaria de explicar que abordarei a saga como um todo, isto é, todos os sete livros sem me ater a um especificamente. Porém, se houver algum interesse numa resenha mais minuciosa, é só deixar um comentário pedindo ou usar o fale conosco que, com prazer, falaremos de forma separada. Muito bem, vamos ao que interessa!
Obra de maior destaque do escritor irlandês Clive Staples Lewis (C. S. Lewis), As Crônicas de Nárnia vem arrebatando gerações de leitores de todas as idades, passando inclusive do gênero de literatura fantástica para o cânone da literatura clássica (o que sabemos não ser fácil!). A saga é composta por sete livros que, de acordo com a ordem de publicação, são: O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa (1950), O Príncipe Caspian (1951), A Viagem do Peregrino da Alvorada (1952), A Cadeira de Prata (1953), O Cavalo e o seu Menino (1954), O Sobrinho do Mago (1955) e A Última Batalha (1956). Entre os fãs mais aficionados pela série há uma discussão muito forte sobre qual seria a maneira correta de lê-la: há os que defendem a leitura pela ordem de publicação e os que defendem a ordem cronológica. Como comprei o volume único, escolhi lê-lo pela ordem cronológica mesmo. Mas isso deve ficar a encargo do gosto pessoal de cada um. Em razão de ter escolhido falar da história de uma forma geral, não haverá possibilidade de fazer uma sinopse muito apurada do enredo, mas acho que é correto afirmar que ela é basicamente a história de um mundo paralelo chamado Nárnia, no qual animais falam e lendas mitológicas ganham vida sem o menor pudor. Todo esse universo é regido por Aslam, a entidade protetora dessa terra que toma geralmente a forma de um leão, filho do imperador de Além-Mar (a quem é atribuído o poder que rege Nárnia através de Aslam). As Crônicas de Nárnia nos mostra praticamente toda a história de Nárnia, desde a sua origem até o seu término. Mas é um equívoco pensar em Nárnia apenas como um mundo diferente, pois Nárnia é também o nome de um reino dentro desse universo e que como todo reino faz fronteira a outros reinos. Um lugar amado e odiado quase que na mesma proporção. Um reino onde todas essas criaturas míticas se congregam governadas por homens, ou, como são comumente chamados, os filhos de Adão e filhas de Eva. Chamadas em momentos decisivos para o destino de Nárnia, crianças são, de maneira geral, protagonistas das histórias. Em apenas um livro as crianças que governam Nárnia não são da Terra.
Pois é, agora que situei parcialmente o leitor na trama, chegamos num ponto delicado. Muito bem, antes de mais nada, quero dizer que gostei muito do livro. Achei uma leitura envolvente, que possui sem dúvida o doce sabor da infância combinado à fragrância nostálgica da maturidade do autor, o qual espia de forma travessa, a todo o momento, o lúdico universo criado por ele. E a razão pela qual faço essa afirmação é que uma das coisas mais interessantes e surpreendentes nesses livros, por assim dizer, se dá no fato de que o narrador não é apenas onisciente, cuja única função é nos deixar a par de todos os fatos narrados na história, para que assim possamos ter uma visão verdadeiramente imparcial, lonje disso. O narrador não nos informa apenas os fatos ocorridos na trama, ele participa ativamente de todo o conceito da obra, interagindo diretamente com o leitor. É uma história com enredo muito bem costurado, no qual fica mais do que evidente o tamanho e brilhantismo desse autor tão merecidamente aclamado. Todavia, no momento, peço se possível, a complacência de todos os leitores e fãs da saga em questão, para o que vou dizer agora: É INEGÁVEL que ele faz uso de uma temática cristã. Sei que essa não é uma visão aceita pela maioria dos leitores, porém é absurdamente impossível não haver relação entre a história dessa obra com os preceitos cristãos. Acreditem eu fiz realmente o possível para não ser levada por nenhum conceito pré-concebido, mas o próprio autor cria situações das quais não há como não enxergar a analogia à qual ele recorre a cada instante. Embora faça parte da minha personalidade tentar não estigmatizar nada, até porque me apavora a idéia de restringir algo a uma linha de raciocínio apenas, não há outra maneira de avaliar honestamente esses livros que não envolva essa perspectiva. As Crônicas de Nárnia em si, é uma grande história iniciática com a qual se explica de forma sucinta todo o processo da crença cristã. É quase o que poderíamos chamar de uma profissão de fé (que fica ainda mais evidente se levarmos em consideração a incrível “coincidência” do autor ser um teólogo de renome especializado em literatura medieval e apologética cristã).
Mas isto aqui não é um ensaio e nem faz parte da minha ambição transformá-lo em um para recheá-lo de questões. O que eu quero dizer de fato é: Leia esse livro se tiver oportunidade, ele é realmente muito bom. É uma leitura que vale a pena e que só o enriquecerá, porém prepare-se para a escatologia cristã. Deixo algumas frases abaixo que farão, acredito, com que compreendam melhor o exposto por mim.
“– Falar-lhe da Magia Profunda?! Eu?! – disse a feiticeira, numa voz ainda mais aguda. – Falar-lhe do que está escrito nessa mesa de pedra aí ao lado? Falar-lhe do que está escrito em letras do tamanho de uma espada, cravadas nas pedras de fogo da Montanha Secreta? Falar-lhe do que está gravado no cetro do Imperador de Além-Mar? Se alguém conhece tão bem quanto eu o poder o poder mágico a que o Imperador sujeitou Nárnia desde o princípio dos tempos, esse alguém é você. Sabe que todo traidor, pela lei, é presa minha, e que tenho direito de matá-lo!” (Feiticeira Branca)
“– Explico: a feiticeira pode conhecer a Magia Profunda, mas não sabe que há outra magia ainda mais profunda. O que ela sabe vai além da aurora do tempo. Mas, se tivesse sido capaz de ver um pouco mais longe, de penetrar na escuridão e no silêncio que reinam antes da aurora do tempo, teria aprendido outro sortilégio. Saberia que, se uma vítima voluntária, inocente de traição, fosse executada no lugar de um traidor, a mesa estalaria e a própria morte começaria a andar para trás...” (Aslam)
“–Nosso mundo é Nárnia – soluçou Lúcia –, como poderemos viver sem vê-lo? –Você há de encontrar-me, querida – disse Aslam.
–Está também em nosso mundo? – perguntou Edmundo.
–Estou. Mas tenho outro nome. Têm de aprender a conhecer-me por esse nome. Foi por isso que os levei a Nárnia, para que, conhecendo-me um pouco, venham a conhecer-me melhor.” (diálogo entre Aslam, Lúcia e Edmundo)
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